A GUERRA CONTINUA: Resumo do movimento do Mercado Financeiro na manhã desta quinta (05\06\2025)

O Banco Central Europeu finalmente cortou os juros após dados fracos de inflação, o que pode influenciar o Federal Reserve a fazer o mesmo ainda este ano. Nos EUA, sinais de desaceleração econômica reforçam essa possibilidade, e no Brasil cresce a expectativa de uma última queda da Selic em 2025. Enquanto isso, os mercados asiáticos fecharam sem direção clara e as bolsas europeias reagiram positivamente ao corte de juros. O petróleo tenta se recuperar, mas o risco de excesso de oferta no segundo semestre ainda preocupa os investidores.
Nesta quarta-feira, o Ibovespa caiu, puxado pelo desempenho fraco da Petrobras, afetada pela queda do petróleo e por planos do governo de arrecadar até R$ 40 bilhões a mais do setor de óleo e gás até 2026. Entre as medidas, estão mudanças no cálculo do preço de referência do petróleo e novos impostos. A proposta mal explicada gerou desconfiança e valorizou o dólar frente ao real.
Enquanto isso, o Ministério da Fazenda tenta apresentar alternativas ao aumento do IOF. As sugestões vão desde tributar apostas e criptoativos até revisar os supersalários e benefícios militares. Mas o mercado segue cético, pois o pacote ainda é raso e a situação fiscal do Brasil preocupa: o país amarga as piores projeções entre os emergentes para 2025 e 2026.
Nos EUA, o S&P 500 subiu, apesar de dados fracos sobre geração de empregos e de um relatório do Fed mostrando mais pessimismo com a economia. A expectativa de corte de juros cresce, já que a desaceleração americana é cada vez mais evidente.
Por lá, o Congresso discute o megapacote tributário de Trump, que pode gerar um rombo fiscal de US$ 3,75 trilhões. Até Elon Musk se posicionou contra. Ao mesmo tempo, a China anunciou US$ 70 bilhões em investimentos em infraestrutura como forma de se proteger da nova rodada de tarifas americanas.
Na Europa, a Bulgária se prepara para entrar na Zona do Euro em 2026, buscando estabilidade em meio a um cenário global de crescente instabilidade econômica.
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